quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Somos todos iguais


Inclusão: será?



   Quanto mais penso sobre inclusão, mais me convenço que estamos longe do ideal. As escolas estão abertas para todas as crianças, afinal a lei garante que todas as crianças devem estar na escola regular, sem qualquer tipo de discriminação. Mas será que construir rampas de acesso, matricular uma criança com necessidades especiais em uma turma com os ditos "normais" é o suficiente para torna-las incluídas? 
     

Preconceito


         PRECONCEITO
                            DISCRIMINAÇÃO
                                            INTOLERÂNCIA
                                                           IGNORÂNCIA
                                             

          Te pergunto: Se todos sabemos que para melhorar a sociedade em que vivemos basta melhorar a EDUCAÇÃO, por que nada muda? 
         De quem é o interesse de que tudo permaneça igual?
      Somos mais de 207,7 milhões de brasileiros, deste total 54% são negros, 17,9 milhões são homossexuais e cerca de 22 milhões são pobres. Então, quem são esses brasileiros que carregam em si o ódio pelo diferente? Aliás, quem são os diferentes? E por que diferentes se somos a maioria, se temos a coragem de enfrentar o preconceito, de assumirmos quem somos, o que gostamos e no que acreditamos?  Gosto muito da fala de Mandala quando diz que "...para odiar as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." 
              Nossa responsabilidade é ensinar.




quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Construtivismo e Aprendizagem




           Refletindo sobre os textos e vídeos que nos foram ofertados, pude entender melhor alguns conceitos e consolidar algumas aprendizagens. 
              Quanto a epistemologia genética é uma teoria interacionista que prioriza a maturação e a experiência do individuo. Piaget enfatizou a importância de trabalhos em grupos que obrigam o sujeito a refletir sobre o seu ponto de vista e de seus pares. O verdadeiro desafio do professor, que segue a teoria da epistemologia genética, é incentivar questionamentos que façam os alunos refletirem sobre o que estão aprendendo. Também é necessário que o professor conheça as fases do desenvolvimento da criança e compreenda que a idade não é fator determinante no processo de aprendizagem, é apenas um referencial. Na verdade o importante é entendermos como o sujeito lida com a realidade externa ou interna, se possui as estruturas necessárias para organizar, interpretar e dar coerência as suas ações.
                         Piaget  defende a existência de uma embriologia mental, que possui fases (etapas) sequenciais, uma dependente da outra e acredita que o desenvolvimento se dá pela superação das fases anteriores. Porém, argumenta que certos estágios podem não ser alcançados, porque o desenvolvimento também depende das interações com o meio. A razão, a cognição é construída através da troca do sujeito com o meio.
                             Gostei muito do vídeo: Escola: mais laboratório menos auditório do professor Fernando Becker. Ele a importância de uma formação adequada para os professores, que precisam compreender os processos de conhecimento e aprendizagem dos alunos, para que possam inovar, “ tirando os alunos da inércia, do tédio... e vai além quando defende a ideia de que a escola deve transformar-se em laboratório para que os sujeitos possam formular hipóteses, indagar, intervir, experimentar, descobrir, construir o conhecimento. A escola deve trabalhar com uma pedagogia ativa. E não da maneira que ainda é hoje:  um auditório, onde se transmite conhecimento.







          
         " Amar primeiro, educar depois."

          Este verso me impactou. De repente pensei: Falta amor no que eu faço. E me entristeci. Já não sei mais porque quero ser professora, se não consigo amar minha profissão, se meus olhos já não brilham quando falo dos alunos, se planejar já não é tão prazeroso. Se não vejo perspectiva na Educação.  

           "Esquecer primeiro, aprender depois"

        Talvez seja isso, talvez eu deva esquecer tudo que me faça desistir e tenha que aprender uma nova maneira de ver o que significa ser professora. Estão todos cansados e desanimados... Salários parcelados, atrasados, greve, recuperação de aulas, horas e dias que não se recuperam e lá vem aquela frase de novo a me incomodar: "Nós fazemos que ensinamos e eles fazem que aprendem."
         Será que é isso que eu quero para mim e meus alunos?

          "Agir primeiro, julgar depois"

           Talvez seja isso, preciso agir, fazer do meu jeito, como acredito e não julgar os outros, não esperar que os colegas me julguem porque quero fazer diferente. Devo apenas fazer.       

Ética e Filosofia




         Todos nós queremos uma sociedade melhor, pensamos em grandes ações, em salvadores da Pátria, em milagres. Mas, a verdade é que tudo começa a mudar quando reavaliamos nossa maneira de agir no dia a dia. Quando deixamos de só nos preocupar e começamos a agir. 
       São ações práticas, como usar produtos que não agridam a natureza, reciclar e reutilizar o que for possível, ser voluntário para limpar ou construir uma praça, não ultrapassar em local proibido, não beber se for dirigir... Atitudes que ensinam muito mais do que a simples fala. Aprendemos com o exemplo do outro. E nos, educadores temos uma responsabilidade muito grande, pois não ensinamos apenas conteúdos de Matemática, Português, História, etc. Com nossas atitudes mostramos o valor de sermos éticos. Quando tenho uma postura questionadora, reflexiva sobre os valores e crenças que fazem parte da nossa sociedade, mostro ao meu aluno o quanto o nosso agir e nosso pensar podem modificar uma realidade que não nos agrada. 
              Reflexão e ação. Filosofia e Ética.








Aprendizagem



             "O processo de ensino aprendizagem deve ser algo prazeroso que nos de vontade de continuar."

Mª Clara Fraga Lopes


   Sempre achei que ir à escola era algo que toda criança gostasse de fazer. Me enganei. Na verdade acredito que todas queiram ingressar na escola pois acreditam que lá exista um mundo maravilhoso de letras, livros, histórias, amigos... Um lugar onde as portas estarão sempre abertas. Em quanto estão no 1º ano é assim. Mas, percebi que ao longo dos anos, as crianças começam a achar tudo muito chato, igual, desinteressante. A melhor hora passa a ser o recreio, pois podem brincar do que quiserem. Por que isso acontece?
       Então, entendi que a escola realmente é chata. Todos os dias a mesma rotina:  ficar 4h sentado, só ouvindo o professor falar, copiando conteúdos que não fazem sentido. Aprender é muito mais do que isso: é compartilhar ideias, questionar, respeitar o outro, é criar, experimentar e entender que não sabemos tudo, mas podemos aprender para transformar o mundo em que vivemos.


terça-feira, 26 de setembro de 2017




Oi pessoal,


       Estava refletindo sobre os dois vídeos que assisti estes dias: o 1º foi do professor e pesquisador Carlos Skliar "O papel da escola, do professor e da escola inclusiva" e o 2º do escritor Daniel Mundukuru "Olhar indígena". Eu  ADOREI a fala dos dois. De uma maneira simples e direta eles nos falam sobre educação, inclusão, infância... Me encantou  a definição que dão para infância. Que deve ser uma etapa vivida ao máximo, com alegria, despreocupação, com prazer de aprender a todo momento e com todos.
       Para Skliar a escola deve ser acolhedora, um lugar onde todos sejam bem-vindos, sem importar como você é e sim quem é. Esta seria uma escola realmente com hospitalidade. Diferente da escola que tem como objetivo uma educação voltada para produtividade e para o consumo.
   Mundukuru acredita que a criança deve aprender a ser feliz, aproveitando tudo que a infância pode oferecer, para que não se torne um adulto estressado e infantilizado.
        Será possível uma escola ideal, onde hospitalidade, igualdade, tecnologia, qualidade, ética, excelência e felicidade estejam sempre presentes? Ou será apenas um sonho?







Abaixo os links dos vídeos que assisti. Fica a dica.


segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Ética Redes sociais



Oi pessoal,

   Vamos falar sobre ética. Qual o seu significado? Bem, no dicionário podemos encontrar a seguinte definição:

substantivo feminino
  1. 1.
    parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo esp. a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social.

    No vídeo de Márcia Tiburi encontramos um significado mais simples: "...ética é aquilo que sou capaz de pensar acerca daquilo que faço." 
      E mais, é um aprendizado de convivência com a família e todos com quem temos contato, direta ou indiretamente.
    Aprendemos a ser éticos. É verdade que não temos tido bons exemplos de ética pelo país, o que temos visto são pessoas preocupadas consigo mesmas e que não têm a capacidade de colocar-se no lugar do outro.
     Será que perdemos a capacidade de sermos éticos? Será que o  "jeitinho brasileiro", é o modo de vida de todos os brasileiros?
    Não acredito nisso. Penso que existe uma enorme parcela de brasileiros que querem o melhor para todos. Acho que algumas pessoas tendem a distorcer boas ações, que usam de modo errado boas ideias.            Um exemplo bem atual é a forma como as redes sociais são usadas. Encontramos no meio virtual uma rede de informações erradas, inventadas e que servem para distorcer a realidade. Indivíduos usam as redes para divulgar imagens, notícias, acontecimentos sobre outras pessoas sem se importar se são fatos reais ou fictícios, compartilham indiscriminadamente histórias que não são suas, mas como se fossem.           Nas redes não é necessário sermos éticos? Cabe a nós, famílias, professores, incentivarmos o debate sobre estas questões: posso tudo na internet? Até onde vai o meu direito como internauta? O que estou digitando nas redes é verdade, qual o meu interesse em compartilhar as informações que recebo? 
         A verdade é que não podemos fechar os olhos para as mudanças do mundo. A internet está aí e precisamos saber usá-la a nosso favor. Simplesmente negar a sua existência e ignorar que ela faz parte da vida de nossas crianças e adolescentes é um retrocesso. 

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Empirismo X Apriorismo X Construtivismo



Oi pessoal, 

         Sempre me questionei que tipo de professora sou, ou melhor, qual o modelo pedagógico que acredito. Esta semana li o texto "Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos" do prof.º e dr. Fernando Becker que fala justamente sobre isso. Mas, a pergunta correta a fazer é: que tipo de aluno quero formar? 
           De acordo com cada modelo pedagógico, um modelo de aluno será formado. Observe:
  No Empirismo temos a valorização da disciplina, o conhecimento é adquirido através da repetição e da fixação, o aluno repete o que o professor ensina, pois é uma página em branco que deve ser preenchida pelo educador.
   Já no Apriorismo o aluno traz a capacidade de aprender, é  despertado pelo professor que não interfere, pois é apenas um facilitador do aprendizado.
   Finalmente no Construtivismo o professor ensina e aprende com seu aluno, são criadas situações problemas para que as crianças experienciem  e construam o seu conhecimento assimilando os conteúdos ao longo de seu desenvolvimento, existem regras que são discutidas e negociadas, todos são responsáveis pelas decisões.
      Então, volto a minha pergunta anterior: que tipo de aluno queremos formar? Um aluno passivo ou ativo? Alguém que questiona, reflete e age para uma sociedade melhor? Ou uma pessoa que aceita as decisões e vive alheio as transformações? 




domingo, 3 de setembro de 2017

Novo semestre



Oi pessoal,


    Aqui estamos novamente. Nossa 1ª aula presencial foi sobre raça e etnia na interdisciplina de Questões Étnico-raciais na Educação - Sociologia e História. 
     Qual a diferença entre raça e etnia?
   Eu acredito que raça se refere a todos os seres humanos, porque biologicamente, ou melhor, fisicamente possuímos as mesmas características: cabeça, tronco e membros, falando grosseiramente, é claro. Você poderia citar as pessoas que possuem alguma necessidade especial, como alguém sem algum membro. Mas, não é o fato de não ter um membro que define a sua natureza. Este ser é humano. Assim como não é a minha cor ou a língua que falo que me definem com humana.
    Etnia seria a designação para um grupo de seres humanos que fazem parte da mesma cultura, com características específicas na línguagem, na vestimenta, nos hábitos...Estou errada? 
     É, este é um assunto muito interessante e bastante polemico. Acredito que poderemos rever alguns conceitos.
   Pesquisei sobre o assunto e achei alguns textos esclarecedores e outros nem tanto. Deixo alguns links para vocês.






http://www.infojovem.org.br/infopedia/descubra-e-aprenda/diversidade/raca-e-etnia/
https://www.youtube.com/watch?v=QIXW1ZpofBk



quinta-feira, 20 de julho de 2017

Final de semestre



        Finalmente! A última postagem do semestre. 
      Estou cansada. Junto com o fechamento do semestre, tive trabalhos e produções textuais para preparar e corrigir. Festa junina(em julho), sábados letivos, recuperação de aula à tarde, porque fiquei doente e faltei. E muito mais. Sei que faz parte da profissão e que isto não é exclusivo a mim, mas é cansativo. 
       Pensei que trabalhando em uma escola apenas ficaria mais fácil. Realmente, melhorou, mas ainda não consegui deixar tudo em ordem. Realizei todas as tarefas, mas com atraso. Fico sempre com aquela sensação de ter muitas coisas para fazer ao mesmo tempo.
      Fazendo um retrocesso deste semestre, o que mais gostei foi conhecer sobre Gestão Democrática. Consegui ter um novo olhar sobre a escola. Pensei sobre várias possibilidades de mudança. Transformações que devem ser feitas junto com outros que também estão cansados das velhas escolas.
      
       Transformação, cidadania, participação, coletividade, sociedade, qualidade, EDUCAÇÃO.
            
              



 Estas palavras não saem da minha cabeça.





Fazer diferente





      Só agora compreendo a importância do Projeto Politico Pedagógico da escola para uma gestão democrática. Não existe democracia quando o PPP é feito em reuniões fechadas entre equipe diretiva e alguns professores. Principalmente quando são feitas apenas algumas alterações que agradem à mantenedora da escola. Infelizmente eu já vi isto acontecer  e fui conivente, pois no momento em que aceitei a forma como foi feito, sem questionar, sou tão errada quanto a direção da escola. É tão mais fácil calar e aceitar. Dá menos trabalho. Mas, ainda está em tempo de mudar, de fazer diferente. 
        Como cobrar de quem faz errado se também não fazemos o certo?


    Compartilhar a elaboração é essencial para uma gestão democrática.

"Mesmo que no começo do processo de discussão poucos participem com opiniões e sugestões, o gestor não deve desanimar. Os primeiros participantes podem agir como multiplicadores e, assim, conquistar mais colaboradores para as próximas revisões do PPP"

 Celso dos Santos Vasconcellos



Achei legal a reportagem e gostaria de compartilhar com vocês









quarta-feira, 19 de julho de 2017





              De acordo com a legislação vigente, a Gestão Democrática é assegurada pela participação efetiva dos membros da comunidade através dos Conselhos Escolares, Conselhos de Classe e Grêmio Estudantil.  Estes colegiados garantem a democracia no âmbito escolar a partir do momento em que envolvem a comunidade em todos os assuntos pertinentes à educação. Além disto, contribuem para a construção de sujeitos participativos, responsáveis pelas decisões que tomam, cientes de seus deveres e direitos, que exercem plenamente a cidadania. Esta é a função da escola.


 a de proporcionar a educação emancipadora, formar um indivíduo autônomo, crítico, capaz de intervir para a transformação da sociedade.”
                                                                                         Galina e Carbello
                                                                                          
          Se por um lado, sabemos da importância do envolvimento da comunidade na gestão das escolas, o quanto isto significa para uma educação emancipadora e cidadã, e que para alcançá-la são necessários muito mais do que interesse e disponibilidade, por outro lado, esbarramos na burocracia, na desmotivação, na falta de tempo, nos salários atrasados e insuficientes para investir em especialização. Também não posso deixar de relatar aqui minha decepção quanto a atitude de alguns diretores, que acreditam que o cargo lhes garanta o poder de decidir, sozinhos, o que acham melhor para a escola, rejeitando a opinião dos membros da comunidade e sufocando aqueles que pensam diferente de si. Mas, se queremos fazer parte das transformações da nossa sociedade, contribuindo para que mais pessoas se apoderem de seus direitos, cumpram seus deveres e decidam coletivamente pelo melhor para todos, precisamos começar movimentos que incentivem a democracia e a cidadania.  Devemos incentivar o diálogo entre os membros dos colegiados institucionalizados nas escolas para que haja envolvimento e compromisso com o êxito do ensino e a qualidade na Educação em todos os seus segmentos.










Indicações



        Ao buscar atualidades sobre Educação (atividade de Organização e Gestão da Escola) e encontrei alguns artigos que gostaria de compartilhar com vocês.           


"... é que o que o professor pensa sobre o ensino determina o que o professor faz quando ensina."

                                                                               Eliane da Costa Bruini


http://brasilescola.uol.com.br/educacao/educacao-no-brasil.htm


         Fiquei com esta frase na cabeça o dia todo.  O que eu penso sobre o ensino?
       Comentei com um amigo que desde o meu ingresso na UFRGS, só o que faço é refletir: que professoro sou? Que tipo de aula planejo para minha turma? Será mesmo que sou uma boa educadora? Nossa! É muita reflexão! Mas, acredito que seja assim mesmo, é uma característica, talvez da profissão.


 " E, hoje, cadê a coragem cívica dos companheiros especialistas das ciências da educação? Porque aquilo que mais preocupava Luther King não era o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais o preocupava era “o silêncio dos bons”. Neste tempo de ministeriais disparates, o silêncio das ciências da educação começa a ser preocupante, insustentável, obsceno… ensurdecedor."

José Pacheco


http://www.revistaeducacao.com.br/entretanto/

      Já falei sobre isso uma vez, na atual situação (diria que principalmente aqui no RS, mas aí lembrei do caos em que se encontra o RJ) onde os salários são parcelados e  as leis são descumpridas,  começo a pensar que estão mesmo calando a nossa voz. Os professores estão cansados até de revindicar seus direitos. Lutamos por uma causa que só a nós importa: a Educação. Sim, porque não lutamos apenas por pagamento do piso salarial, lutamos por melhorias na Educação em todos os sentidos: valorização do professor, material pedagógico de qualidade, escolas conservadas, ensino de qualidade.    


 "A Educação é feita com pessoas, para pessoas. Com o estudante, com o educador."
Raquel Franzim
https://novaescola.org.br/conteudo/5079/dar-protagonismo-nao-e-apenas-permitir-que-o-estudante-escolha-o-curriculo


        A reportagem indicada neste link fala sobre a importância do protagonismo. Ela fala sobra a transformação da sociedade através de uma Educação que inclui toda a comunidade escolar.
         Não é justamente o que queremos?

terça-feira, 18 de julho de 2017




        A Constituição Federal de 1988 nos art. 205 e 206 diz que:

       “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
     “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: [...] VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei”. 


        Pois bem, está na lei, aliás na Carta Magna do Brasil. Mas, e na prática, funciona?
         Meu pai sempre contou, que na época em que era criança, "o  fio do bigode do sujeito valia mais do que um escrito, palavra dada era cumprida".   Hoje em dia, nem mais o que está na lei é respeitado. Veja só as leis de trânsito: o cidadão(se é que se pode chamá-lo assim) dirige alcoolizado um veículo em alta velocidade, causa um acidente grave e o que acontece? Paga cestas básicas para as vítimas. Outro, comete crime de colarinho branco, suborna, enriquece às custas do povo e? Cumpre pena em regime semi aberto na mansão da família! Então vamos ser sinceros: quem leva a sério as leis neste país?
           A Constituição não garante somente Educação. Garante que todos têm direito à saúde, segurança, alimentação, moradia, tudo de qualidade e gratuito. 
           Até quando as leis serão burladas? Até quando vamos nos deixar enganar por falsas promessas de campanha eleitoral. 
          Somos todos responsáveis.  


Mais de 20 anos e essa música ainda continua atual. Até quando?


Somente conceitos?



    GESTÃO                                       CIDADANIA

                           PARTICIPAÇÃO

    AUTONOMIA                         DEMOCRACIA

                              COLETIVO          
            FORÇA                               PODER       


                          EDUCAÇÃO

  
         Qual o conceito destas palavras?  Que significado elas tem para você?
     Se analisarmos uma a uma, se buscarmos no dicionário o significado separadamente, perceberemos que são só conceitos isolados, talvez alguns nem façam muito sentido no mundo em que vivemos atualmente. Porém, juntando, em uma só ideia, todos os conceitos, o resultado pode ser surpreendente: uma educação transformadora, igualitária, de qualidade e inclusiva.
         É isso que queremos, é por isso que lutamos: uma escola que garanta o ingresso do aluno, mas, que principalmente seja responsável pela sua permanência.
             A escola deve incentivar a participação, as decisões coletivas, a responsabilidade e o dever de cada um. A gestão que visa o coletivo, o bem estar no ambiente escolar, que utiliza a força e poder que tem para transformar a sociedade, está educando para cidadania.
              Parece utopia, mas esta escola existe, ou pelo menos é possível. Basta que deixemos de sonhar e teorizar. A hora é de construção. E é AGORA.

Projeto de Aprendizagem





      Um projeto é a base de qualquer pesquisa, isto porque surge através da necessidade de se resolver um problema, no caso das crianças, uma curiosidade. Isto quer dizer que, o professor ao planejar sua aula deve, em primeiro lugar, levar em consideração as dúvidas e indagações que a sua turma trouxer. A motivação do estudo deve partir dos alunos e não ser imposta pelo educador. Este deve "levantar" as certezas provisórias e as dúvidas temporárias dos alunos e então, a partir de muita pesquisa, investigação e indagação, os alunos possam perceber que surgiram novas dúvidas e que as certezas passaram a ser fonte de outros questionamentos.
         Nesta metodologia o professor aprende tanto quanto seus alunos. O educador  passa a ser um articulador e facilitador do conhecimento, organiza o ambiente de forma que este contribua com a aprendizagem, troca informações, formando uma rede de estudo, propicia aulas interessantes e com a participação direta dos alunos.
   Os alunos tornam-se responsáveis pela  busca de respostas para seus questionamentos. A motivação faz com que eles participem efetivamente das aulas, colaborando uns com os outros.
         Acredito que trabalhar com projetos de aprendizagem seja um bom inicio para incentivar a participação, a responsabilidade e a coletividade. Conceitos básicos para uma gestão democrática, que deve iniciar-se na base de tudo: as crianças.







quarta-feira, 12 de julho de 2017

Gestão Democrática?


Adorei esta imagem! A cara do Cebolinha é a mesma que fiz ao ouvir pela 1ª vez sobre Gestão Democrática nas escolas.

         Na verdade ouvi falar em Gestão Democrática há mais ou menos uns...8 anos atrás. Mas, vivenciá-la? Como diz aquela música do Zeca Pagodinho:"...nunca vi, nem comi, eu só ouço falar!"   
        A Constituição Federal (CF/1988; 6º; 205; Inciso VI do Art. 206) a LDBEN (Lei Federal Nº. 9.394/1996), o PNE (Lei Federal Nº.13.005/2014; Inciso VII do Art. 2º; Meta19) e a legislação Estadual, Lei da Gestão Democrática do Ensino Público (Lei Estadual nº. 10.576/1995) garantem a autonomia e a gestão democrática em toda sua plenitude, mas o que ainda temos são escolas no mesmo padrão do século passado. 
            O que é uma gestão democrática?   
         É a gestão onde o mais importante é o coletivo. A participação de pais, alunos, professores, funcionários e da equipe diretiva é um direito, mas também um dever. Além da criação do PPP, as necessidades financeiras, burocráticas e pedagógicas da escola, são pensadas e decididas em conjunto. A comunidade escolar torna-se responsável pelas escolhas feitas. 
         Pensar em uma gestão democrática é ter em mente alguns fundamentos: participação da comunidade, respeito ao interesse da maioria, autonomia e transparência que são resultantes de eleições direta para diretor, da formação do Conselho Escolar e da promoção do Grêmio Estudantil.


Segue dica de um vídeo simples e objetivo sobre Gestão Escolar







Somos nossas escolhas



"O mundo não é  pré-dado, nós o construímos ao longo da nossa interação."

Maturama e Varela (2002)

        
         Parece uma coisa tão óbvia, não é mesmo? O mundo é o resultado das nossas ações. A forma como interagimos com o meio e os outros, resulta na sociedade que temos. Então, por que reclamamos tanto do mundo que aí está e não o modificamos? Porque para que isso ocorra, é necessário muita reflexão sobre nossas atitudes e o ser humano não pode parar para pensar. Ele precisa correr atrás da máquina, trabalhar, enriquecer, ter, acontecer.
      Na interdisciplina Psicologia da vida adulta pesquisamos sobre o envelhecimento. Bem, todos ficaremos velhos um dia (esperamos). Mas, como queremos que seja esta fase da vida? Que ideia temos da velhice? 
        Não costumava pensar muito sobre isso, até que me dei conta que já tenho quase 46 anos e para chegar à  melhor idade, não falta muito não. A questão é que para ter uma velhice digna e feliz, precisamos fazer escolhas que nos levem a chegar até lá. Se construímos o mundo através de nossas vivências, do conhecimento que adquirimos ao longo dos anos, precisamos pensar no que faremos depois que a juventude nos deixar.
         Através das pesquisas, compreendemos que o idoso de hoje é muito diferente do velho de 30, 40 ou 50 anos atrás. Antes, as mulheres ficavam em casa, cuidando dos netos, fazendo trabalhos manuais, esperando o final de semana para receberem a visita dos filhos. Os homens se aposentavam e viam os anos passar em frente à TV, ou cuidando de um jardim. Muitos ainda vivem assim, por medo das mudanças, doenças físicas e mentais, imposição da família (ou descaso). Toda via, houve uma mudança no comportamento da terceira idade.  Hoje, existe uma preocupação com a saúde física e mental. Os idosos continuam trabalhando, muitos para contribuir com as despesas da casa, praticam esportes, possuem uma vida sexual e afetiva bem ativa e voltaram a estudar. Não são a maioria, mas uma grande porção da sociedade.
             Tudo isso resultado das escolhas que fizeram para si e para o mundo. Escolheram conhecer, interagir, fazer, viver. E se o conhecimento se dá através da interação com o outro...




Ser-se reflexivo




Reflexão


       A sociedade atual passa por grandes transformações. São inovações tecnológicas, avanços na Ciência...E no meio de tudo isso, o ser humano, com sua eterna dúvida: quem somos e por que estamos aqui?
       É certo que cada um de nós, independente do que acredita, ou qual profissão tenha escolhido, questiona, em algum momento da sua vida, a razão de sua existência. Como mãe, poderia dizer que o meu propósito é educar minha filha para que seja independente, feliz e realizada. Assim como nos outros papéis que desempenho, quero dar o meu melhor. Mas, quanto a minha escolha profissional? O que quero como educadora? 
         Estes questionamentos me remetem ao início do curso: por que escolhi ser professora? Na verdade, a essa altura, meu questionamento é outro: qual é a minha prática? Que tipo de educadora sou? 
         Refletir, é isto que estou aprendendo. Disse John Dewey "Reflexão é uma forma especializada de pensar". Penso na escola que queremos e vejo que a realidade nos entrega uma bem distante da ideal. Questiono os conteúdos, as avaliações e observo que continuamos ansiando por mudanças. Às vezes, minha atitude questionadora incomoda e penso que questionar sozinha não transforma, mas que deixar de refletir é ainda pior.





quinta-feira, 22 de junho de 2017

Música nas escolas?



     Oi pessoal,

     Não, eu não estou retrocedendo no tempo e voltando ao Eixo III onde tínhamos a interdisciplina de Música na Escola. É que na 2ª feira, dia 19/06, nossa escola foi até o Salão de Atos da UFRGS para assistir a Série Concertos Didáticos, promovido pelo Ministério da Cultura e orquestrado pela OSPA. Adorei o concerto! Viajei durante cada apresentação, ao som de cada música. Porém, saí de lá extremamente decepcionada.
      Houve a  participação do manipulador de bonecos Mário de Ballentti e Cachorro Abelardo,  boneco que explicou como funcionaria a apresentação, o que era uma orquestra... Além, é claro, da pedagógica fala do regente Evandro Matté, que nos apresentou  os instrumentos e os músicos que compunham aquela apresentação. Pois, minha decepção foi com atitude de muitos alunos. Pareciam estar alheios ao que acontecia no palco. Muitos preferiam acenar para os câmeras das emissoras de tv que lá estavam, ou conversar com o coleguinha do lado. Me coloquei no lugar dos instrumentistas e eu perguntaria: "O que estou fazendo aqui?"  Uma falta de respeito, de atitude, inclusive de algumas colegas de profissão, que ficavam conversando.
           Infelizmente não pude aproveitar tanto quanto gostaria, porque precisei intervir algumas vezes com meus alunos (na verdade dois, dos seis que foram) e nestas intervenções me questionei que tipo de sociedade estamos formando?Vocês podem dizer que estou exagerando, mas a maioria das crianças não foram, e era de graça. Os que compareceram,  acharam entediante na maior parte do tempo. Então, lembrei-me que na comunidade onde leciono o que se escuta é funk e hip hop. Sei que devemos respeitar as diferenças e a pluralidade, mas será tão difícil despertar o interesse das crianças por outros estilos, novas culturas?
            Não adianta só reclamar, é necessário mudar de atitude. Mas, como, se a realidade só oferece uma opção? Se no dia a dia das famílias o máximo de cultura que têm acesso é a tv, que oferece novelas, telejornais sensacionalistas e desgraças familiares?
             Que cultura é essa? E eu, como posso ajudar, quando tenho valores e concepções tão diferentes da realidade onde leciono?




quarta-feira, 7 de junho de 2017

Conversando sobre mudanças


Oi pessoal, 

            Estava um pouco atrasada nas minhas leituras, só para variar, por isso demorei para retornar.
          Tem duas interdisciplinas que tratam sobre gestão e organização escolar, até me confundo um pouco com elas, mas o que quero dizer é que fiquei pensando sobre as leis deste país. Elas são boas, já ouvi falar que são as mais bem elaboradas (será que por isso dão margem a tantas discussões?), mas não são bem aplicadas. Então, perdem o seu objetivo principal que é assegurar os direitos e deveres de todos os cidadãos. 
         Ao assistir o vídeo indicado sobre as mudanças da LDBEN, achei interessante a aula de História da Educação proporcionada pelo palestrante durante a sua fala.Confesso que acrescentou novas informações as minhas reflexões e que pude compreender a origem de tanto desrespeito pela Educação e a grande desvalorização do professorado.
        Quanto às alterações da LDBEN,  compartilho de alguns questionamentos feitos po Jamil Cury:
* Qual o real impacto, na sociedade, estas mudanças podem causar?
* A quem interessa estas mudanças, já que  ainda hoje a Educação é moeda de troca, onde os reais interesses são políticos e econômicos e não educacionais?
* Que ideologias estão por trás destas alterações?
 * Será realmente necessária alguma mudança?
     Além destas questões, Cury nos coloca uma situação bem prática e atual: um jovem de 15 anos, na situação econômica e social em que se encontra o país, tem condições de decidir seu futuro? Escolher esta ou aquela profissão?
        Na verdade, acredito que o Brasil tenha boas leis em todas as áreas, mas não conseguimos aplicá-las da forma correta, da maneira em que estão propostas. A Constituição, a LDBEM, o Estatuto da Criança e do Adolescente, todos asseguram  acesso à educação gratuita de boa qualidade, a permanência na escola, igualdade, etc, mas na prática, nós professores, que estamos todos os dias em sala de aula, tratando diretamente coma as crianças e os adolescentes, sabemos que isto não ocorre. Conhecemos a desigualdade de perto, sabemos que a inclusão proposta nas propagandas e nos discursos são só falas, que o importante são os números de aprovação, o número de classes preenchidas nas turmas. Vivemos com o sucateamento das escolas, com a falta de merenda de qualidade, sem bibliotecas, sem material esportivo, pedagógico, sem qualificação e vergonhosamente, sem salários dignos. E devemos ficar felizes por estarmos recebendo um 13º salário parcelado em 12 vezes e ainda sermos funcionários públicos.
         Mudar LDBEN por quê? Vamos colocá-la em prática!


quarta-feira, 31 de maio de 2017



  Oi pessoal,

     Este semestre, uma das interdisciplinas em que estamos trabalhando é  Projeto Pedagógico em Ação e através das reflexões feitas, construí com a turma 52, um projeto  sobre os índios. A ideia surgiu em quanto conversávamos sobre os primeiros habitantes do Brasil, conteúdo que deve ser trabalhado no 5º ano do ensino fundamental. Em um dado momento, um aluno questiona:
     "Professora, por que os índios têm um dia especial para eles?"
    Fiquei surpresa com a pergunta. Todos os anos se fala sobre os índios, seus costumes, hábitos e cultura. As crianças, com certeza já trabalharam sobre os indígenas antes, desde a Educação Infantil, não há mais nada de novo a se falar. Será? Por isso a pergunta daquele menino me surpreendeu e me fez pensar em um jeito diferente de abordar o assunto.
     Comecei com a indagação sobre o que eles sabiam sobre os índios (certezas provisórias), em seguida, quais eram as dúvidas sobre o assunto, o que gostariam de conhecer e aos poucos foi surgindo um Projeto de Ação. Coloquei tudo no papel, procurei em sites, livros, planejei os detalhes. Conversei com a supervisora da escola, com a colega da outra turma de 5º ano, que não demostrou interesse, e coloquei mãos à obra. 
    As crianças conheceram os instrumentos musicais feitos pelos índios, a cerâmica, as armas... e puderam confeccionar exemplares que foram expostos no dia da família. Foi um trabalho bem interessante, pena que cometi um erro bem comum entre nós, professores, não registrei os momentos com fotos. Mas, fica  a dica para os próximos trabalhos.
          Abaixo o mapa conceitual que elaboramos.