quarta-feira, 7 de junho de 2017

Conversando sobre mudanças


Oi pessoal, 

            Estava um pouco atrasada nas minhas leituras, só para variar, por isso demorei para retornar.
          Tem duas interdisciplinas que tratam sobre gestão e organização escolar, até me confundo um pouco com elas, mas o que quero dizer é que fiquei pensando sobre as leis deste país. Elas são boas, já ouvi falar que são as mais bem elaboradas (será que por isso dão margem a tantas discussões?), mas não são bem aplicadas. Então, perdem o seu objetivo principal que é assegurar os direitos e deveres de todos os cidadãos. 
         Ao assistir o vídeo indicado sobre as mudanças da LDBEN, achei interessante a aula de História da Educação proporcionada pelo palestrante durante a sua fala.Confesso que acrescentou novas informações as minhas reflexões e que pude compreender a origem de tanto desrespeito pela Educação e a grande desvalorização do professorado.
        Quanto às alterações da LDBEN,  compartilho de alguns questionamentos feitos po Jamil Cury:
* Qual o real impacto, na sociedade, estas mudanças podem causar?
* A quem interessa estas mudanças, já que  ainda hoje a Educação é moeda de troca, onde os reais interesses são políticos e econômicos e não educacionais?
* Que ideologias estão por trás destas alterações?
 * Será realmente necessária alguma mudança?
     Além destas questões, Cury nos coloca uma situação bem prática e atual: um jovem de 15 anos, na situação econômica e social em que se encontra o país, tem condições de decidir seu futuro? Escolher esta ou aquela profissão?
        Na verdade, acredito que o Brasil tenha boas leis em todas as áreas, mas não conseguimos aplicá-las da forma correta, da maneira em que estão propostas. A Constituição, a LDBEM, o Estatuto da Criança e do Adolescente, todos asseguram  acesso à educação gratuita de boa qualidade, a permanência na escola, igualdade, etc, mas na prática, nós professores, que estamos todos os dias em sala de aula, tratando diretamente coma as crianças e os adolescentes, sabemos que isto não ocorre. Conhecemos a desigualdade de perto, sabemos que a inclusão proposta nas propagandas e nos discursos são só falas, que o importante são os números de aprovação, o número de classes preenchidas nas turmas. Vivemos com o sucateamento das escolas, com a falta de merenda de qualidade, sem bibliotecas, sem material esportivo, pedagógico, sem qualificação e vergonhosamente, sem salários dignos. E devemos ficar felizes por estarmos recebendo um 13º salário parcelado em 12 vezes e ainda sermos funcionários públicos.
         Mudar LDBEN por quê? Vamos colocá-la em prática!


Nenhum comentário:

Postar um comentário