Não queria começar a postagem com reclamações, mas acho importante deixá-los a par do que está acontecendo comigo. além de todas as atribuições que temos como estudantes, professoras, funcionárias do estado (que ganha R$450,00 no final do mês), mães, esposas, filhas... Este ano, em particular, está bem difícil para mim: em junho perdi meu pai. Descobrimos um câncer em abril e 52 dias depois ele falece. E agora em outubro meu marido é internado de urgência porque está com uma artéria cardíaca completamente obstruída. Foi necessária uma cirurgia. Descobri que o meu coração é forte, mas minha cabeça não.
Bom, mesmo assim tenho tentado me dedicar aos estudos e li todos os textos sugeridos e consegui realizar quase todas as tarefas. Faltam algumas, mas estou no prazo.
Tenho pensado muito na minha profissão e sinceramente não sei se vou continuar, por muito tempo, insistindo. São tantos pontos negativos: salários parcelados, desrespeito à categoria, tanto dos governos quanto da sociedade em geral. As crianças e as famílias não dão importância à educação. Lembro-me bem, que quando criança, havia respeito pelo ensino, íamos a escola porque queríamos aprender. Hoje as crianças vão à escola como se estivessem indo a um clube, ou seja "só pela social".
Pedro Demo (2004) afirma "que ser profissional da educação hoje, é acima de tudo saber continuamente renovar sua profissão". Concordo com sua afirmação e também acredito que somos eternos aprendizes. Mas, como investir na profissão? Como estudar quando mal temos para ir trabalhar? Vou à escola de carona com uma colega e, sinceramente, se não fosse desta maneira, eu não teria dinheiro para passagem! Teria que escolher: levo a minha filha, que também não pode faltar, ou deixo os filhos dos outros sem aula?
É justa esta situação?
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