sábado, 28 de abril de 2018





Oi pessoal,

    A máxima de que "estamos aprendendo em quanto vivemos" é verdade. Às vezes, lemos um livro, ou assistimos  um filme, e nos parece que nada foi acrescentado ao nosso cotidiano. Ao reler alguns artigos sobre a teoria de Piaget constatei que adquiri novas aprendizagens. Na verdade, ocorreu comigo o que o pesquisador descreve como assimilação e acomodação, resultantes de um desiquilíbrio causado por uma releitura do texto Pensamento e linguagem:percurso piagentiano de investigação. 
     Piaget acreditava que através da linguagem e da interação social ocorre a evolução do pensamento cognitivo. Este desenvolvimento não ocorre de um momento para outro. É o resultado de várias etapas, que não são determinadas pela idade e sim pelo avanço gradual de cada uma.  
     Só agora, depois de me debruçar sobre tais leitura, e não posso deixar de mencionar a fala da profª Aline Hernandez, que diz ser um equivoco muito grande pensarmos que as teorias de Vygotsky são contrárias as de Piaget, percebo que uma não exclui a outra. Podemos compreender melhor essa proximidade quando Vygotsky defende que o " desenvolvimento da lógica na criança  é uma função direta de sua fala socializada. O crescimento intelectual da criança depende de seu domínio dos meios sociais do pensamento, isto é, da linguagem (Vygotsky, 1991 p.44)."  
        Ao contrário destes pesquisadores, que nos mostram uma nova perspectiva sobre a Educação, estão o Taylorismo e o Fordismo, processos de produção explicados no texto de Japiassu. O autor nos mostra que estes processos, assim como os sistemas de ensino tradicionais, querem massificar  a população, oprimindo e negando os diretos dos menos favorecidos, no caso os operários, em benefício da sociedade burguesa. 
      Qual a intenção de um sistema de ensino que fragmenta conhecimentos e mecaniza a aprendizagem? Dividir, separar para não fortalecer. Classificar em alunos nota 10, ou em nota 0. Excluir os que não correspondem as expectativas de uma sociedade capitalista, onde ter é mais importante que ser.
          Precisamos repensar a EDUCAÇÃO. Necessitamos agir em prol da EDUCAÇÃO. Num mundo onde todos falam de globalização é inadmissível que a aprendizagem seja fechada e avaliada em "caixas" ou "gavetas".




quarta-feira, 18 de abril de 2018

Alfabetização e a pedagogia do empowerment político - Análise do texto de Giroux



Oi pessoal,

            Um dos textos oferecidos a nós para uma reflexão em grupo foi "Alfabetização e a pedagogia do empowerment político" do professor Henry A. Giroux. Ele nos fala sobre o empoderamento do sujeito a partir da leitura que ele faz do mundo e que impacta a sua vida em sociedade.
         Paulo Freire já falava sobre consciência emancipatória e autônoma que pode transformar o contexto da sociedade em que o sujeito está inserido. Para que ocorra esta consciência é necessário que o sujeito atue de maneira ativa no seu meio, mas isto só acontece quando ele tem conhecimentos e  habilidades desenvolvidas através de uma alfabetização de qualidade.  A alfabetização  tem o poder de transformar e libertar o sujeito, que passa a atuar de forma consciente na sociedade, buscando seus direitos, sem se deixar manipular ou alienar pelo poder ditatorial e extremismos que esmagam as classes mais carente do país.  
                   Sabemos que quanto maior o número de analfabetos, maior o número de votos para políticos corruptos e gananciosos, que roubam os sonhos, a saúde, a segurança e a educação, que ainda é a melhor arma contra a alienação. Nós, educadores temos o dever moral de oportunizar uma educação emancipatória e libertadora, principalmente se quisermos sermos respeitados em nossa dignidade.


Analfabeto Político
"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais." 
Bertolt Brecht


                  

https://mohttps://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=51551

domingo, 8 de abril de 2018

EJA



Oi gente, 

Um olhar diferente. Foi isso que mais me marcou durante todo o curso de Pedagogia. Aprendi que nem sempre o que pensamos ver, é a realidade do nosso aluno. É muito fácil criar ideias distorcidas da realidade. Entendi isso ao refletir sobre a EJA. Para inicio de conversa, eu pensava que era o EJA. Depois, acreditava que os alunos desta modalidade de ensino eram, na maioria,  idosos do meio rural que não tiveram a oportunidade de aprender na época certa, porque tiveram que trabalhar para sustentar as famílias.
A Educação para Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino público no Brasil, que tem como objetivo propiciar aos alunos o curso do ensino fundamental e médio. realmente a maioria dos alunos são trabalhadores, mas são de diferentes faixas etárias e não tiveram acesso à cultura letrada na “idade certa”. Por isso surgiu a EJA, para atender este número de alunos que procuram uma nova oportunidade. Os motivos são muitos: melhorar de emprego, ter uma vida social, fazer compras ou identificar o ônibus.
 Conforme o documento emitido pelo Ministério da Educação (MEC), Conselho Nacional de Educação (CNE) que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos no Brasil, pelo relator-conselheiro Carlos Roberto Jamil Cury, aprovado em 10 de maio de 2000, foi possível verificar que, nas últimas décadas e baseados em estatísticas, o sistema de ensino está mais propenso a atender demandas maiores para adolescentes, jovens e adultos. Isto por causa da obrigatoriedade escolar e a intenção de prevenir e diminuir a evasão escolar. Na categoria da EJA, os modos de ensinar, as questões didático-pedagógicas, devem ser diferentes do trabalho realizado com criança. É necessário fazer um diagnóstico dos alunos, conhecer e valorizar seu conhecimento e planejar de acordo com suas necessidades.
       Por isso, a importância de  qualificar o professor que atende alunos da EJA. Este profissional deve ter um olhar atento e diferenciado, planejamentos interessantes e criativos, além de muito conhecimento sobre a construção do conhecimento e da formação do pensamento deste aluno. Assim ele terá mais chances de alcançar sucesso na difícil tarefa que é evitar a evasão escolar.




domingo, 1 de abril de 2018

Inclusão digital



Oi pessoal,



         Por causa da interdisciplina de ETIC, assisti ao vídeo "O buraco no muro" que disponibilizo o link no final deste texto e fiquei impressionada com a reação das crianças a um computador. Elas não têm contato diário com esta ferramenta, apesar de saberem do que se trata, não têm acesso a eles. E no momento em que descobrem que podem tocar, pesquisar e brincar com um, ficam encantadas. O mais impressionante é que aprendem rapidamente a usá-los e ainda ensinam aos outros colegas.
           Não posso negar que a tecnologia pode contribuir, e muito para o aprendizado escolar. A Educação precisa de inovações. Mas, o que me perturba e  que a maioria das escolas possuem salas de informática equipadas, no entanto não funcionam. O governo federal implantou programas de incentivo ao uso das novas tecnologias, mas esqueceu de qualificar os professores, investir na internet e informar os gestores de que estas salas devem ser usadas pelos alunos. Na minha escola mesmo: temos 25 computadores, mas apenas 18 funcionam (e a minha turma tem 29 alunos) e se a professora  tiver interesse em levar seus alunos até, tem que "correr atrás". 
           Andei tendo umas ideias. Quero criar um blog com a turma. Estou planejando as atividades. Vou trabalhar com eles principalmente literatura e produção textual. A maioria das crianças só tem acesso a internet via celular dos pais. Pesquisei sobre o assunto e descobri que, mesmo nesse mundo conectado, existem muitas pessoas que ainda se mantêm off-line. No Brasil chega a 63,3 milhões de pessoas, conforme dados do IBGE. Talvez este discurso de que todos tem o mesmo direito, não vale para o mundo virtual. Nem para saúde, nem educação, nem segurança...
                   Num país onde falta água tratada, esgoto encanado e luz elétrica, é  pedir demais para que todas as escolas sejam informatizadas e mostrem resultados!    




 https://moodle.ufrgs.br/mod/url/view.php?id=1459630