
Refletindo...
"Enfim, estamos construindo a nossa política da verdade: as
escolas bilíngues de surdos não são segregadas, não são segregadoras e nem
segregacionistas como tem alardeado tanto o Ministério da Educação. Pelo
contrário, são espaços de construção do conhecimento para o cumprimento do
papel social de tornar os alunos cidadãos verdadeiros, conhecedores e
cumpridores dos seus deveres e defensores dos seus direitos, o que, em síntese,
leva à verdadeira inclusão."
Ana Regina Campello
Patrícia Luiza Ferreira Rezende
... A disciplina de Libras me fez refletir. Refletir sobre minha ignorância. Exatamente assim que me sinto: uma ignorante sobre o assunto. Antes, pensava que ser surdo era ser portador de uma deficiência. Mas, o que é ser portador de uma deficiência? É ser diferente? É adaptar-se às dificuldades? É superar seus próprios limites?
Realmente não sei. Percebi que só posso falar sobre as minhas necessidades, sobre as dificuldades que me afligem, "somente nós sabemos o que é melhor para nós". Surpreendeu-me a luta pelo reconhecimento da língua de sinais. Para mim, a aprendizagem era igual para surdos ou ouvintes. Mas como? Somos alfabetizados através da apresentação dos fonemas e grafemas. Então, como poderia se dar da mesma forma?
Sonho com o dia que não precisaremos lutar por direitos iguais, que seremos realmente reconhecidos como seres humanos. Diferente em suas particularidades, mas iguais nos direitos.
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